quarta-feira, 19 de junho de 2013

Darwinismo nos dias atuais.

Atual estado de acomodação do Darwinismo Social:

Pode-se de dizer que hoje há darwinismo social, ou uma consequência dele. A ideologia que existe atualmente é bem aceita. A sociedade se acomodou com os frutos do Darwinismo.
Os “inferiores” aceitam essa ideia e ainda a fortalecem mais. A própria população interpreta que para ter uma vida boa e estável, precisam seguir o padrão de vida dos países mais industrializados, como por exemplo, os Estados Unidos, que hoje é grande influência do mundo. A felicidade só será alcançada quando os subdesenvolvidos se igualarem aos países de primeiro mundo, as grandes potências, os países desenvolvidos.

Isso faz corrompe a cultura do país, ou seja, padronizada todos os países. Isso é uma grande perda para a população. O maior meio de dominação que é usado nos dias atuais, é a mídia. Ela manipula e idealiza o que quer como, por exemplo, consumir produtos que nem são tão bons, mas o
prestígio de ter e dizer que tem, pode nos dar a sensação de superioridade, de felicidade. Ou ainda poder fazer uma viagem a Disney, é considerada melhor do que conhecer os pontos turísticos e históricos do próprio país. Perdemos a capacidade de responder por nós mesmos e seguimos os padrões de uma sociedade idealizada.
Larissa Nuza nº13


Análise sociológica do filme "Avatar"


   Avatar não é apenas um filme com incríveis efeitos especiais, Avatar traz uma bela reflexão sobre o choque de culturas decorrente da expansão da ordem social moderna e suas terríveis conseqüências para as sociedades tradicionais.

   O filme se passa no ano de 2156, e tem como pano de fundo a exploração de um planeta chamado Pandora, com incríveis belezas naturais e habitado por um povo chamado de Na’vi — humanóides azuis de membros longos que vivem em harmonia com o seu habitat. Porém a exploração desse território (onde vivem o povo Na’vi) é iniciada pois neste local, há a maior reserva de um mineral muito valioso. Assim, é enviado um grupo de cientistas conectados a avatares idênticos aos nativos, artificialmente criados, para interagir com os alienígenas e fazê-los sair pacificamente de suas terras. O problema está no fato de que para os nativos, o local onde vivem possui um valor religioso, pois ali é supostamente a morada da sua deusa, Eywa.

   O filme basicamente traz um roteiro simplificado que trata sobre os problemas futuros da humanidade, que esgota seus recursos naturais e passa a colonizar outros lugares. Dado conflito com essa “tribo”, que se torna guerra interminável por conquistas materiais e um genocídio em massa. Nada tão diferente do simbolismo cultural que encontramos em “Danza con Lobos” de Kevin Costner. O “ser colonizador/invasor”, destruidor de culturas em busca de um idealismo perdido, encontra no seu “oponente”, a figura do outro como estranho/bizarro/primitivo, uma compensação e resgate de valores éticos e/ou morais.

   Enfim, não há nada de novo debaixo do roteiro de Cameron, pelo contrário, vimos que através da história do cinema, estórias como esta já existiam, mesmo que o próprio autor tenha um determinado padrão de roteiro.

   Neste filme encontramos uma trama romântica. Esta é uma das implicações mais interessantes em “Avatar”, diferentemente de “Danza con Lobos”, filme mais rústico e direto, onde sobressaem às maravilhosas tecnologias gráficas, que pelo status, garantemuma nova era no cinema.

   Por um progresso iminente do homem, o ataque nuclear surge devastador em todo o território Na’vi. São as consequências de um modelo econômico social predominante cujo papel principal é acabar com todos os recursos naturais possíveis, mesmo que tenha de destruir povos e nações, culturas e meio ambiente. E é com uma visão critica que podemos  analisar os sérios problemas que atualmente enfrentamos nos territórios indígenas, em suas reservas, graças ao contato com o modo de produção capitalista, que ao longo da história, em todos os continentes, seguiu a linha do genocídio.


   O filme é bom e pode levar a reflexões interessantes sobre a exploração de alguns povos, tanto na antiguidade como a África, como na atualidade com os indígenas. Vale à pena assistir o filme com um olhar mais sociológico e entender como ocorreram e ocorrem as dominações.




Trailer (legendado) do Filme Avatar: http://youtu.be/oRTHPe6uSd4

Darwinismo Social

Pensadores sociais transferiram conceitos de evolução e adaptação para a compreensão das civilizações e demais práticas sociais. O “darwinismo social” nasceu desenvolvendo a ideia de que algumas sociedades e civilizações possuem valores que as colocam em condição superior às outras.

Darwinismo Social atual
Os índios no Brasil

  
Indígena ou aborígine, como ensina o dicionário, quer dizer "originário de determinado país, região ou localidade; nativo". Aliás, nativos e autóctones são outras expressões usadas, ao redor do mundo, para denominar esses povos.Essa palavra é fruto do equívoco histórico dos primeiros colonizadores que, tendo chegado às Américas, julgaram estar na Índia.

Quando o Brasil foi conquistado, existiam mais de 1000 povos indígenas habitando o território, cerca de quatro milhões de índios. Atualmente existem 238 povos e, segundo o IBGE, 896.917 índios.
500 anos atrás, quando os portugueses chegaram aqui, a relação dos europeus com os habitantes do novo mundo era pacífica, segundo relatos. Entretanto quando os interesses econômicos floresceram os conflitos começaram. E o sentimento de superioridade teve início. Os nativos eram vistos como selvagens, seres primitivos e atrasados. Esse sentimento, característico do povo europeu, é um fruto do Darwinismo Social.
No Brasil não é difícil encontrar alguém que pense, diga ou já tenha escutado, que os indígenas são preguiçosos, vagabundos, não gostam de trabalhar, são selvagens e atrasados em todos os sentidos. Foram dadas diversas características, sendo a minoria positiva e uma parte menor ainda sendo verdade. O preconceito se estabeleceu de tal forma na sociedade brasileira que penetrou a área jurídicaOs índios já foram considerados juridicamente incapazes, não podiam responder por si mesmos, necessitavam de tutores. Uma das heranças da colonização foi o descaso e preconceito com os índios.

Resenha sobre a visão de Charles-Marie de La Condamine, cientista e explorador frances, sobre a Amazônia e os índios que lá vivem. 
"Sobre os nativos ele inicia corretamente destacando que os homens originários da América meridional são inapropriadamente chamados de “índios”, evidenciando que tinha clareza que estava diante de diversas etnias distintas, o que até hoje não é adequadamente compreendido. Diz ele: “não se trata de criolos espanhóis ou portugueses, nem das diversas espécies de homens produzidos pela mestiçagem dos brancos na Europa, dos negros d’África, e dos vermelhos da América, desde que os europeus aí entraram, e aí introduziram os pretos da Guiné. São trigueiros e de cor avermelhada, mais ou menos clara”.
Mas em seguida aflora o preconceito europeu, sugerindo que todos os índios tinham um mesmo fundo de caráter: “glutões até a voracidade, quanto têm de que saciar-se; sóbrios quando a necessidade os obriga a se privarem de tudo sem parecerem nada desejar; pusilânimes ao excesso, se a embriaguez os não transporta; inimigos do trabalho, indiferentes a toda ambição de glória, honra ou reconhecimento; unicamente ocupados das coisas presentes, e por elas sempre determinados; sem a preocupação do futuro; incapazes de previdência e reflexão; entregues, quando nada os molesta, a brincadeiras pueris, que manifestam por saltos e gargalhadas sem objeto nem desígnio”.

La Condamine simplesmente procurava transportar para os povos que viviam na Amazônia, os valores, as referências da Europa, como se estas fossem uma espécie de bíblia social e econômica que todos deveriam seguir como, aliás, pensavam e agiam os religiosos que procuravam converter todos os “selvagens” em cristãos”







Situação atual

Em pleno século XXI, com todas as comprovações de que não existe uma nação superior a outra em termos biológicos, pois a raça humana é uma só, ainda existem pessoas que enxergam a vida como se vivessem na época da Colônia.  







Artigo da Folha de São Paulo, colunista expõe sua opinião sobre a mobilização em redes sócias a cerca do caso dos Guarani Kaiowá e faz comentários preconceituosos acerca dos índios.
“19/11/2012 - 03h00 - Guarani Kaiowá de boutique
As redes sociais são mesmo a maior vitrine da humanidade, nelas vemos sua rara inteligência e sua quase hegemônica banalidade. A moda agora é "assinar" sobrenomes indígenas no Facebook. Qualquer defesa de um modo de vida neolítico no Face é atestado de indigência mental.
As redes sociais são um dos maiores frutos da civilização ocidental. Não se "extrai" Macintosh dos povos da floresta; ao contrário, os povos da floresta querem desconto estatal para comprar Macintosh. E quem paga esses descontos somos nós.
Pintar-se como índios e postar no Face devia ser incluído no DSM-IV, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.
Desejo tudo de bom para nossos compatriotas indígenas. Não acho que devemos nada a eles. A humanidade sempre operou por contágio, contaminação e assimilação entre as culturas. Apenas hoje em dia equivocados de todos os tipos afirmam o contrário como modo de afetação ética.
Desejo que eles arrumem trabalho, paguem impostos como nós e deixem de ser dependentes do Estado. Sou contra parques temáticos culturais (reservas) que incentivam dependência estatal e vícios típicos de quem só tem direitos e nenhum dever. Adultos condenados a infância moral seguramente viram pessoas de mau-caráter com o tempo.
Recentemente, numa conversa profissional, surgiu a questão do porquê o mundo hoje tenderia à banalidade e ao ridículo. A resposta me parece simples: porque a banalidade e o ridículo foram dados a nós seres humanos em grandes quantidades e, por isso, quando muitos de nós se juntam, a banalidade e o ridículo se impõem como paisagem da alma. O ridículo é uma das caras da democracia.
O poeta russo Joseph Brodsky no seu ensaio "Discurso Inaugural", parte da coletânea "Menos que Um" (Cia. das Letras; esgotado), diz que os maus sentimentos são os mais comuns na humanidade; por isso, quando a humanidade se reúne em bandos, a tendência é a de que os maus sentimentos nos sufoquem. Eu digo a mesma coisa da banalidade e do ridículo. A mediocridade só anda em bando.
Este fenômeno dos "índios de Perdizes" é um atestado dessa banalidade, desse ridículo e dessa mediocridade.
Por isso, apesar de as redes sociais servirem para muita coisa, entre elas coisas boas, na maior parte do tempo elas são o espelho social do ridículo na sua forma mais obscena.
O que faz alguém colocar nomes indígenas no seu "sobrenome" no Facebook? Carência afetiva? Carência cognitiva? Ausência de qualquer senso do ridículo? Falta de sexo? Falta de dinheiro? Tédio com causas mais comuns como ursinhos pandas e baleias da África? Saiu da moda o aquecimento global, esta pseudo-óbvia ciência?
Filosoficamente, a causa é descendente dos delírios do Rousseau e seu bom selvagem. O Rousseau e o Marx atrasaram a humanidade em mil anos. Mas, a favor do filósofo da vaidade, Rousseau, o homem que amava a humanidade, mas detestava seus semelhantes (inclusive mulher e filhos que abandonou para se preocupar em salvar o mundo enquanto vivia às custas das marquesas), há o fato de que ele nunca disse que os aborígenes seriam esse bom selvagem. O bom selvagem dele era um "conceito"? Um "mito", sua releitura de Adão e Eva.
Essas pessoas que andam colocando nomes de tribos indígenas no seu "sobrenome" no Face acham que índios são lindos e vítimas sociais. Eles querem se sentir do lado do bem. Melhor se fossem a uma liquidação de algum shopping center brega qualquer comprar alguma máquina para emagrecer, e assim, ocupar o tempo livre que têm.
Elas não entendem que índios são gente como todo mundo. Na Rio+20 ficou claro que alguns continuam pobres e miseráveis enquanto outros conseguiram grandes negócios com europeus que, no fundo, querem meter a mão na Amazônia e perceberam que muitos índios aceitariam facilmente um "passaporte" da comunidade europeia em troca de grana. Quanto mais iPad e Macintosh dentro desses parques temáticos culturais melhor para falar mal da "opressão social"”
  








“A mobilização da sociedade civil é absolutamente fundamental, porque o problema dos guaranis não é só de governança. Eles sofrem muito com a violência e o preconceito crônico" Marta Azevedo, Presidente de Funai (Fundação Nacional do Índio), em entrevista à Carta Maior.

  Raquel Fernandes nº25


Referências:




Analise histórico-sociológica do filme Avatar

É possível ter duas visões ao assistir o filme. A primeira é de que o filme é como qualquer outro desenho de ficção científica, com mocinhos indefesos e vilões, mas a segunda visão compreende o quão complexo é o filme, e a verdadeira mensagem e semelhança que ele tem com a realidade.

O filme fantasia um futuro, onde a ânsia de poder e riqueza leva o ser humano a colonizar outros planetas. O planeta Pandora é habitado pelo povo Na’vi, uma tribo, que, no ponto de vista etnocêntrico, é primitiva e selvagem. Entretanto existe um valioso minério em terreno nativo. Ocorre um choque de culturas entre as duas raças.
a dominação dos selvagens em um primeiro instante é praticada de forma pacifica, quase que diplomática. Já que a dominação ideológica dispensa recursos militares, que acabam envolvendo grandes gastos e atualmente empacam com os direitos humanos, e acomoda o dominado, evitando assim revoltas e qualquer tipo de reivindicação popular, esse é "melhor caminho". O recurso militar se torna necessário quando ocorre resistência, os navis decidem manter sua cultura, impedindo a exploração.

Nesse caso a arte imita a vida. O imperialismo de alguns países e sua sede de riquezas que destruiu, quase que completamente, tanto a natureza quanto os nativos do novo mundo. Para o ocidental, as criaturas que aqui se encontravam, não passavam de alienígenas selvagens, sem Estado, sem Deus e sem Lei, sendo considerados muitas vezes, empecilhos para a consecução da real finalidade da colonização: que era enriquecer a metrópole.
Essa visão etnocêntrica que subsidia a aculturação de civilizações não está limitada ao tempo das Grandes navegações e do descobrimento do “Novo Mundo”. Um exemplo clássico: quando a nave americana vinda do “mundo civilizado” pousou no planeta Iraque, onde moravam, na versão americana, perigosos alienígenas sem cultura, sem Lei e se Deus, que mantinham armas de destruição em massa e por isso precisavam ser detidos. O que precisava ser feito era transformar os selvagens em bons selvagens, livrando-os das garras impiedosas de seu ditador, um verdadeiro anticristo.
Esse disparate, sem igual, foi a ideologia usada para convencer o mundo de que os americanos teriam o direito de invadir uma nação soberana, matar seu povo, seu líder, com o objetivo de se apropriar do petróleo abundante naquelas paragens. A destruição foi imensa, tanto do meio ambiente quanto do bem jurídico mais importante: a vida. As armas de destruição em massa jamais foram encontradas, o que não impediu os americanos de matar o líder dessa nação por enforcamento.
A grande diferença, entre, o filme Avatar e a realidade, é que, no filme, no final, os nativos vencem com a ajuda se seu herói espião, que mudou de lado. A história da civilização, até hoje, pode ser resumida em três palavras: dominar, matar e destruir. É hora de fazer diferente, de abandonar nosso corpo, ocidental e assumirmos nossos avatares Na Vi.

Primeira percepção sobre Darwinismo Social hoje

   Texto escrito por Carolina Woods.  
     A base para a utilização da teoria darwinista na sociedade atual continua a mesma de séculos atrás: o interesse econômico. O exemplo em proporções mundiais e que vai durar enquanto o Sistema Capitalista existir é o darwinismo social presente nas relações de mercado. A regra de competição e sobrevivência do mais forte pode ser vista no neoliberalismo. Na utilização ilegal de modelos monopolistas - como Cartel, Dumping, Holding, Truste - enxergamos claramente a tentativa de domínio do mercado pelos mais fortes, impedindo a livre concorrência. 
     Outro exemplo que pode ser citado é a mídia e o modo como ela desafia o intelecto do espectador. Este é visto como inferior e capaz de ser manipulado por qualquer coisa que a mídia queira que ele acredite.
     A xenofobia européia, a "missão de civilização" do Oriente Médio pelos EUA interessado no petróleo, os países que foram colonizados no passado e que ainda sofrem de dependência das potências, são outros exemplos.
     O simples fato de existir preconceito racial, musical, cultural, socioeconômico, o fato de existir um padrão de beleza, torna uns superiores à outros, que são obrigados a seguir os padrões para sentirem-se encaixados no sistema, tudo isso com um único objetivo: a geração de lucro e desenvolvimento econômico.

Darwinismo Social

O darwinismo social, decorrente das teorias evolucionistas de Darwin e de Spencer, considera que o conflito e a seleção natural dos mais aptos são condições da progressão social. Trata-se de aplicar ao mundo social os princípios de luta pela vida e pela sobrevivência dos melhores das sociedades animais, defendidos pela corrente evolucionista. A competição relativa à lutadas espécies prolonga-se, assim, na vida social, explicando a mudança e evolução das próprias sociedades.

O evolucionismo de Spencer é cauteloso, na medida em que o autor adverte que a evolução depende de "condições diversas" que a favorecem ou inibem(relações do sistema social com o seu meio ambiente, dimensão da sociedade,diversidade, etc.). Spencer considera, igualmente, que os determinismos sociais são demasiado complexos; os indivíduos têm tendência a adaptar-se ao sistema social a que pertencem, do mesmo modo que as atitudes dos indivíduos facilitam ou inibem o aparecimento de determinado tipo social (o tipo "militar" ou o tipo"industrial", por exemplo).
O darwinismo social tornou-se um argumento a favor do individualismo econômico e político, contra o intervencionismo do Estado. Segundo Spencer, Estado  deve, através do Direito, estabelecer as regras do mercado. Por sua vez, Durkheim, que segue o modelo evolutivo do darwinismo social, dando constantes tendências evolutivas na sociedade, considera (na sua obra A divisão do trabalho social) que o desenvolvimento do individualismo - que é uma consequência da complexidade crescente da divisão do trabalho - é um aspecto fundamental na passagem das sociedades tradicionais às sociedades modernas.




Fonte: Infopédia,Brasil Escola

Gisele Painceiras Deaño 

Darwinismo Social



Um acontecimento que marcou o século XIX foi o desenvolvimento do conhecimento científico. A busca de novas tecnologias devido à Revolução Industrial incentivou o desenvolvimento nas mais diversas áreas do conhecimento. Os cientistas eram reconhecidos como importantes agentes das transformações sociais e possuíam diversas academias voltadas para o “progresso da ciência”.
No livro “a origem das espécies”, lançado em 1859, se encontrava a síntese de uma série de viagens, anotações e estudos realizados por Charles Darwim. Ali surgia a teoria evolutiva que seria o mais novo progresso científico. Negando as justificativas religiosas Darwin apontou que a constituição dos seres vivos é fruto de um longo e ininterrupto processo de transformação e adaptação ao ambiente.
Basicamente Darwin acreditava que os seres que mais de adaptassem ao meio seriam capazes de se evoluir, proteger e dar sequência à sua forma de vida.
Essa ideia de adaptação com o tempo foi levada para o campo social e pode ser observada das mais diversas formas entre as sociedades.
As sociedades Africanas e Asiáticas nunca precisaram dos valores impostos pelas sociedades ocidentais. Mesmo que o contato possa ter trazido perspectivas positivas, a interpretação errônea que colocava o povo europeu em uma atmosfera superior trouxe malefícios para o desenvolvimento social e econômico dessas populações.

Rafaella Imakawa nº 24


Darwinismo Social Hoje

 O darwinismo social baseava-se na crença de que existiam raças superiores e inferiores, fortes e fracas, ou seja, acreditava-se na superioridade de alguns grupos sociais.
 Mas ainda hoje é nítido percebemos o darwinismo social no nosso meio, como é o caso das cotas, estas possibilitam que negros entrem com mais facilidade na faculdade demostrando, indiretamente, que os negros são menos capazes que os brancos e usam como justificativa para as cotas a situação precária das escolas públicas.
 Outro caso é o dos imigrantes e nordestinos que vem para São Paulo em busca de emprego, pelo fato dos paulistanos serem mais desenvolvidos tecnologicamente, eles se acham no direito de mandarem nos trabalhadores mais pobres. Mas eles não percebem que se não fossem esses trabalhadores São Paulo , assim como outros estados, não estaria tão desenvolvido como está.
 Idosos também é um caso de darwinismo social, devido terem uma idade mais avançada, e não ter em um porte físico avançado são considerados por muitos inferiores. Se ocorrer um acidente ou algo parecido logo colocam a culpa na sua idade avançada, rebaixando- os a uma categoria de inferioridade em relação aos mais jovens.

 Muitas vezes temos atitudes que condizem com o darwinismo social, as vezes nós nos achamos superiores a outras pessoas, elevamos a nossa capacidade e rebaixamos a do próximo isso é um verdadeiro exemplo dessa teoria.

 Mariangela Titato - nº 20

Darwinismo Social e Imperialismo: A Concepção dos Dias Atuais

A Teoria da Evolução teve consequências revolucionárias fora da área científica. Darwin explicava que, as várias espécies, até a humana, evoluíram gradativamente por milhões de anos e há ainda espécies novas em evolução.
Alguns pensadores sociais aplicaram as conclusões darwinianas à ordem social, produzindo teorias que as transferiram à explicação dos problemas sociais. As expressões "luta pela existência" e "sobrevivência do mais capaz" foram tomadas de Darwin para apoiar a defesa que faziam do individualismo econômico.
   Os empresários bem-sucedidos, afirmavam esses pensadores, haviam demonstrado sua capacidade de vitória no mundo competitivo dos negócios. Os que fracassavam na luta pela existência demonstravam sua incapacidade.
    A aplicação da biologia de Darwin às teorias sociais fortalecia o imperialismo, o racismo, o nacionalismo e o militarismo. Os darwinistas sociais insistiam em que as nações e as raças estavam empenhadas numa luta pela sobrevivência, em que apenas o mais forte sobrevive e, na realidade, apenas o mais forte merece sobreviver.
     Eles dividiam a humanidade em raças superiores e inferiores e consideravam o conflito racial e o nacional uma necessidade biológica e um meio para o progresso.
O imperialismo ou neocolonialismo do século XIX se constituiu como movimento de domínio, conquista e exploração política e econômica das nações industrializadas europeias (Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica e Holanda) sobre os continentes africano e asiático.                                                         
  A “partilha” da África e da Ásia se deu fundamentalmente no século XIX (pelos europeus), mas continuou durante o século XX. No decorrer deste, os Estados Unidos e o Japão ascenderam industrialmente e exerceram sua influência imperialista na América e na Ásia, respectivamente.


A “corrida” com fins de “partilha” da África e da Ásia, realizada pelas potências imperialistas, aconteceu por dois principais objetivos: 
1º) a busca por mercados consumidores (para os produtos industrializados);
2º) a exploração de matéria-prima (para produção de mercadorias nas indústrias). A industrialização europeia se acentuou principalmente após as inovações técnicas provenientes da 2ª fase da Revolução Industrial.


    A principal hipótese para a legitimação do domínio imperialista europeu sobre a África e a Ásia foi a utilização ideológica de teorias raciais europeias provenientes do século XIX. As que mais se destacaram foram o evolucionismo social e o darwinismo social. 
Um dos discursos ideológicos que “legitimariam” o processo de domínio e exploração dos europeus sobre asiáticos e africanos seria o evolucionismo social. Tal teoria classificava as sociedades em três etapas evolutivas:
1ª) bárbara;
2ª) primitiva;
3ª) civilizada.
Os europeus se consideravam integrantes da 3ª etapa (civilizada) e classificavam os asiáticos como primitivos e os africanos como bárbaros. Portanto, restaria ao colonizador europeu a “missão civilizatória”, através da qual asiáticos e africanos tinham de ser dominados. Sendo assim, estariam estes assimilando a cultura europeia, podendo ascender nas etapas de evolução da sociedade e alcançar o estágio de civilizados.
  O domínio colonial, a conquista e a submissão de continentes inteiros foram legal e moralmente aceitos. Desse modo, os europeus tinham o dever de fazer tais sociedades evoluírem.
  O darwinismo social se caracterizou como outra teoria que legitimou o discurso ideológico europeu para dominar outros continentes. Tal teoria difundia o propósito de que na luta pela vida somente as nações e as raças mais fortes e capazes sobreviveriam.
    Hoje sabemos que o evolucionismo social e o darwinismo social não possuem nenhum embasamento ou legitimidade científica, mas no contexto histórico do século XIX foram ativamente utilizados para legitimar o imperialismo, ou seja, a submissão, o domínio e a exploração de continentes inteiros.


Priscila Ribeiro nº 23


Primeira percepção sobre Darwinismo Social hoje

Texto escrito por Bárbara Fortes.

Podemos perceber o Darwinismo Social ainda muito presente em nossa sociedade. Estudamos isso e aprendemos como essa teoria começou a ser utilizada, e muitas vezes pensamos que isso é algo muito arcaico, mas basta olhar para nossa sociedade, para os países e guerras que ainda existem, e veremos que esse conceito continua muito presente em nosso dia a dia.
Podemos perceber isso com pequenos atos, por exemplo quando vemos alguma pessoa pobre ou muito carente e pensamos “coitadinho” como se essa pessoa fosse inferior a nós e dignos de pena. Outra situação também, muito presente em nosso país, é o fato de pessoas com alto poder aquisitivo se acharem superiores daqueles mais pobres: eles dirigem seus carros enormes, comem em restaurante caros e moram no prédio mais alto da cidade e acham que apenas por isso tem o direito de olhar com nojo e menosprezar qualquer pessoa que não se encaixe em seus padrões. Temos também aqueles que ainda acham que: Nordestino não é pessoa, que no Norte só tem Índio e que o Acre não existe, mas esquecem que na verdade são todos iguais e da mesma nacionalidade.Não é cabível então, cultivar esse tipo de pensamento, que não tem nenhum fundamento.
Policiais invadem morros, favelas, e acham que tem o direito de bater e prender quem ele bem quiser, afinal são quase todos negros e pobres, por tanto, inferiores. Muitos países Europeus “torcem” o nariz para estrangeiros, isso porque essa ideologia de que são mais evoluídos, e por isso, superiores do que muitas pessoas de países emergentes, já está totalmente instalada dentro deles.

Essas idéias de sociedades mais evoluídas do que outras, veio da teoria de Darwin que diz que existe uma seleção natural, onde as espécies mais adaptadas ao meio são mais fortes do que aquelas que ainda não sofreram essa evolução. Essa teoria levou a ideia de que a sociedade funciona desse jeito, onde existem tipos de sociedade mais evoluídos do que outras, então é preciso que essas “superiores” ajudem as outras a evoluírem também, mesmo sem que eles, sequer, tenham pedido ajuda. 

Primeira percepção sobre Darwinismo Social hoje

Texto escrito por Gabriel Vendramelli.

O darwinismo social nos dias atuais, em grande parte, está escondida atrás de preconceitos e do senso comum.
        Muitas pessoas se sentem superior a outro individuo apenas porque sua pele é de um tom mais claro, ou porque ganha mais do que ele.
        Tendo os imperialistas europeus do século XIX como percursores do darwinismo social, ideias criadas naquela época permanecem até hoje nas mentes de grande parte da população. Um exemplo disso são as cotas raciais. Por que um(a) negro(a) teria uma capacidade diferente de alguém que tem a pele branca? Mas é isso que se fixou no pensamento de muitos, devido a missão civilizatória: se você é negro, é inferior. Sem exceção.
        Diferença cultural também é um grande exemplo, tanto atingamente quanto atualmente. Do mesmo jeito que Alemanha, Inglaterra, França e as outras potências europeias invadiram África e a Ásia no século XIX, os Estados Unidos (maior potência atual) invadiu o Paquistão e o Iraque. Invadiu esses países e tentou (ainda tenta) espalhar uma cultura ocidental. Impondo-os a viver um novo estilo de vida sem que eles precisassem ou ao menos pedissem.

Análise histórico-sociológica do filme Avatar a partir dos conceitos de Imperialismo e Darwinismo Social

     Ao ver “Avatar” pela primeira vez, nos deparamos com mais uma superprodução: efeitos cinematográficos, uma história envolvente, muita ação e um pouco de romance. Mas ao assistirmos o filme com um outro olhar, podemos perceber conceitos utilizados pela Sociologia para explicar eventos históricos passados e atuais, como por exemplo o Imperialismo e o Darwinismo Social. 
     No começo do filme que Jake Sully, um fuzileiro paraplégico, é forçado a ir para Pandora, um planeta que contém um precioso minério “Unobtainium” e repleto de belezas naturais, pois seu irmão que tinha sido escalado para essa missão, foi assassinado. Como Jake tinha o mesmo genoma de seu irmão, o chamaram para participar, e em troca ele receberia uma alta quantia de dinheiro e a cura de sua paralisia. 
     Desde o começo do filme, o povo Na’vi – humanóides azuis de membros longos que vivem em harmonia com seu habitat - é apresentado como selvagens e primitivos, e o exército americano, instalado no planeta, tenta humanizá-los e ensiná-los a língua inglesa. Para conseguir se aproximar desse povo, os cientistas criam avatares onde atrás de uma tecnologia avançada, conseguem ligar a pessoa com o Avatar.     Podemos relacionar essa missão do exército do filme com a missão civilizatória, baseada nas teorias de Imperialismo e Darwinismo Social, que as grandes potências de várias das épocas da nossa história, inclusive a atual, impõe sobre os países menos desenvolvidos industrialmente e economicamente, como se o modo de vida deles fosse inferior.
     Quando o único objetivo por trás da conquista do território é a exploração econômica - no caso do filme, a exploração do minério precioso -, maquia-se a exploração com justificativas de que o povo “mais evoluído” estaria levando o desenvolvimento ao povo "atrasado" e permitindo que ele alcance o nível maior de complexidade.
Naves americanas atacando o território Na'vi
     O personagem do coronel Quaritch representa o típico militar imperialista. Apenas vê a população local do planeta como um obstáculo para concluir sua verdadeira missão. Pode-se notar várias vezes durante o filme, em suas falas, sua opinião de superioridade sobre os nativos.  Repara-se que em uma das suas falas, ele usa uma frase muito conhecida por nós, termos que nos remetem à época de quando os Estados Unidos invadiram o Iraque: “Vamos combater terror com terror”. Em certo momento do filme, Jake diz que não tem nada que eles deem para os Na'vi que vai fazer com que eles os ajudem na procura do minério, então o Militante decide que a solução restante é o uso da violência.
     O sofrimento do povo Na’vi ao ver suas árvores, terras, cultura e tudo mais ser destruído pelo fogo, é provavelmente, o modo como os índios, africanos, asiáticos, orientais e muitos outros se sentiram com a chegada de exploradores que começaram com a implantação da civilização sobre eles. A resistência tida por todos os povos conquistados de nada adiantou, já que estavam sempre em menor número, com menos armas e menos preparados. No caso do filme, como um final feliz é sempre necessário em uma produção hollywoodiana, os Na'vi resistem e combatem os americanos e vencem a luta.

Concepção do Darwinismo social e Imperialismo no filme Avatar

Avatar é uma história fictícia que se passa no ano de 2154. O filme nos leva à reflexão sobre que tipo de relação a humanidade tem estabelecido com a natureza e para onde este fluxo evolutivo nos levará.
 O programa Avatar foi criado com a finalidade de aproximar a humanidade do povo Navi, tendo em vista interesses econômicos.
 Pandora, planeta em que viviam os Navis, possuía grande reserva de unobtânium, um minério capaz de solucionar as crises energéticas do planta Terra.


 O planeta Terra já havia perdido sua vitalidade e a humanidade buscava recursos naturais através de outros povos. Notamos traços marcantes do Darwinismo social e Imperialismo quando os humanos julgam-se superiores aos Navi's, explorando-os, não compreendendo as suas crenças locais e visando somente os interesses econômicos.
 A ideia principal do Darwinismo social consiste na falsa concepção de superioridade existente entre culturas distintas para justificar a dominação e a exploração dos seus recursos, para atender os interesses econômicos.

 

O Darwinismo Social atualmente

 O darwinismo social foi usado como justificativa para as potências europeias invadirem e dominarem a África e a Ásia, durante a crise de superprodução em busca de novos mercados, mão de obra barata e matéria-prima.
 A justificativa que encobria os interesses econômicos da Europa era que os nativos da África e Ásia precisavam ser civilizados, “elevar-se” de um nível primitivo ao mais desenvolvido, industrializar-se, criar uma sociedade capitalista, enfim, chegar ao mais alto grau de civilização, o qual os europeus já haviam alcançado.
 Esses pensamentos ainda são usados atualmente, resultando, muitas vezes em ações guiadas pelo preconceito e interesses particulares.
 A regra darwinista da competição e sobrevivência do mais forte é aplicada às leis de mercado neoliberalista de hoje, na qual só os mais inteligentes, espertos e que sabem aproveitar as oportunidades certas, conseguem sobreviver e adaptar-se a sociedade do liberalismo econômico.
O darwinismo social também é usado atualmente para justificar diferentes arbitrariedades cometidas por um grupo sobre o outro ou um país obre o outro. Por exemplo, as intervenções dos Estados Unidos no Afeganistão e no Iraque vem sob um discurso humanitário e libertários que ainda explicam as diferenças sociais com diferenças de graus de desenvolvimento e evolução.
É sob o mesmo princípio que os movimentos nazifascistas do passado e do presente justificam a violência física, política e ideológica contra estrangeiros e etnias em seus países.
 Também a forma como são tratados os refugiados estrangeiros que chegam à Europa, vindo de países mais pobres ou em conflito, fazendo lembrar a crença da superioridade racional e etinica de um povo sobre o outro
 Portanto, a transposição das ciências biológicas para a análise da sociedade devem ser feitas com muita cautela, analisando cada cultura, para que não aconteça como no darwinismo social, uma distorção do modelo da evolução das espécies de Darwin que generalizou-se, causando muitas vezes preconceitos, justificativas voltados a interesses particulares, povos explorados e conflitos.







Larissa Figueira - nº12