É possível ter duas visões ao assistir o filme. A primeira é de que o
filme é como qualquer outro desenho de ficção científica, com mocinhos
indefesos e vilões, mas a segunda visão compreende o quão complexo é o filme, e
a verdadeira mensagem e semelhança que ele tem com a realidade.
O filme fantasia um futuro, onde a ânsia de poder e riqueza leva o ser humano a colonizar outros
planetas. O planeta Pandora é habitado pelo povo Na’vi, uma
tribo, que, no ponto de vista etnocêntrico, é primitiva e selvagem. Entretanto
existe um valioso minério em terreno nativo. Ocorre um choque de culturas entre
as duas raças.
a dominação dos selvagens em um primeiro instante é praticada de forma
pacifica, quase que diplomática. Já que a dominação ideológica dispensa
recursos militares, que acabam envolvendo grandes gastos e atualmente empacam
com os direitos humanos, e acomoda o dominado, evitando assim revoltas e
qualquer tipo de reivindicação popular, esse é "melhor caminho". O
recurso militar se torna necessário quando ocorre resistência, os navis decidem
manter
sua cultura, impedindo a exploração.
Nesse caso a arte imita a
vida. O imperialismo de alguns países e sua sede de riquezas que destruiu,
quase que completamente, tanto a natureza quanto os nativos do novo mundo. Para
o ocidental, as criaturas que aqui se encontravam, não passavam
de alienígenas selvagens, sem Estado, sem Deus e sem Lei, sendo considerados
muitas vezes, empecilhos para a consecução da real finalidade da colonização:
que era enriquecer a metrópole.
Essa visão
etnocêntrica que subsidia a aculturação de civilizações não está limitada ao
tempo das Grandes navegações e do descobrimento do “Novo Mundo”. Um exemplo
clássico: quando a nave americana vinda do “mundo civilizado” pousou no planeta
Iraque, onde moravam, na versão americana, perigosos alienígenas sem cultura,
sem Lei e se Deus, que mantinham armas de destruição em massa e por isso
precisavam ser detidos. O que precisava ser feito era transformar os selvagens
em bons selvagens, livrando-os das garras impiedosas de seu ditador, um
verdadeiro anticristo.
Esse disparate, sem igual, foi a ideologia usada para convencer o mundo de que os americanos teriam o direito de invadir uma nação soberana, matar seu povo, seu líder, com o objetivo de se apropriar do petróleo abundante naquelas paragens. A destruição foi imensa, tanto do meio ambiente quanto do bem jurídico mais importante: a vida. As armas de destruição em massa jamais foram encontradas, o que não impediu os americanos de matar o líder dessa nação por enforcamento.
Esse disparate, sem igual, foi a ideologia usada para convencer o mundo de que os americanos teriam o direito de invadir uma nação soberana, matar seu povo, seu líder, com o objetivo de se apropriar do petróleo abundante naquelas paragens. A destruição foi imensa, tanto do meio ambiente quanto do bem jurídico mais importante: a vida. As armas de destruição em massa jamais foram encontradas, o que não impediu os americanos de matar o líder dessa nação por enforcamento.
A grande diferença, entre, o filme Avatar e a realidade, é que, no
filme, no final, os nativos vencem com a ajuda se seu herói espião, que mudou
de lado. A história da civilização, até hoje, pode ser resumida em três
palavras: dominar, matar e destruir. É
hora de fazer diferente, de abandonar nosso corpo, ocidental e assumirmos
nossos avatares Na Vi.
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