quarta-feira, 19 de junho de 2013

O Darwinismo Social atualmente

 O darwinismo social foi usado como justificativa para as potências europeias invadirem e dominarem a África e a Ásia, durante a crise de superprodução em busca de novos mercados, mão de obra barata e matéria-prima.
 A justificativa que encobria os interesses econômicos da Europa era que os nativos da África e Ásia precisavam ser civilizados, “elevar-se” de um nível primitivo ao mais desenvolvido, industrializar-se, criar uma sociedade capitalista, enfim, chegar ao mais alto grau de civilização, o qual os europeus já haviam alcançado.
 Esses pensamentos ainda são usados atualmente, resultando, muitas vezes em ações guiadas pelo preconceito e interesses particulares.
 A regra darwinista da competição e sobrevivência do mais forte é aplicada às leis de mercado neoliberalista de hoje, na qual só os mais inteligentes, espertos e que sabem aproveitar as oportunidades certas, conseguem sobreviver e adaptar-se a sociedade do liberalismo econômico.
O darwinismo social também é usado atualmente para justificar diferentes arbitrariedades cometidas por um grupo sobre o outro ou um país obre o outro. Por exemplo, as intervenções dos Estados Unidos no Afeganistão e no Iraque vem sob um discurso humanitário e libertários que ainda explicam as diferenças sociais com diferenças de graus de desenvolvimento e evolução.
É sob o mesmo princípio que os movimentos nazifascistas do passado e do presente justificam a violência física, política e ideológica contra estrangeiros e etnias em seus países.
 Também a forma como são tratados os refugiados estrangeiros que chegam à Europa, vindo de países mais pobres ou em conflito, fazendo lembrar a crença da superioridade racional e etinica de um povo sobre o outro
 Portanto, a transposição das ciências biológicas para a análise da sociedade devem ser feitas com muita cautela, analisando cada cultura, para que não aconteça como no darwinismo social, uma distorção do modelo da evolução das espécies de Darwin que generalizou-se, causando muitas vezes preconceitos, justificativas voltados a interesses particulares, povos explorados e conflitos.







Larissa Figueira - nº12

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