O darwinismo social foi
usado como justificativa para as potências europeias invadirem e
dominarem a África e a Ásia, durante a crise de superprodução em
busca de novos mercados, mão de obra barata e matéria-prima.
A justificativa que
encobria os interesses econômicos da Europa era que os nativos da
África e Ásia precisavam ser civilizados, “elevar-se” de um
nível primitivo ao mais desenvolvido, industrializar-se, criar uma
sociedade capitalista, enfim, chegar ao mais alto grau de
civilização, o qual os europeus já haviam alcançado.
Esses pensamentos
ainda são usados atualmente, resultando, muitas vezes em ações
guiadas pelo preconceito e interesses particulares.
A regra darwinista da
competição e sobrevivência do mais forte é aplicada às leis de
mercado neoliberalista de hoje, na qual só os mais inteligentes,
espertos e que sabem aproveitar as oportunidades certas, conseguem
sobreviver e adaptar-se a sociedade do liberalismo econômico.
O darwinismo social
também é usado atualmente para justificar diferentes
arbitrariedades cometidas por um grupo sobre o outro ou um país obre
o outro. Por exemplo, as intervenções dos Estados Unidos no
Afeganistão e no Iraque vem sob um discurso humanitário e
libertários que ainda explicam as diferenças sociais com diferenças
de graus de desenvolvimento e evolução.
É sob o mesmo
princípio que os movimentos nazifascistas do passado e do presente
justificam a violência física, política e ideológica contra
estrangeiros e etnias em seus países.
Também a forma como
são tratados os refugiados estrangeiros que chegam à Europa, vindo
de países mais pobres ou em conflito, fazendo lembrar a crença da
superioridade racional e etinica de um povo sobre o outro
Portanto, a
transposição das ciências biológicas para a análise da sociedade
devem ser feitas com muita cautela, analisando cada cultura, para que
não aconteça como no darwinismo social, uma distorção do modelo
da evolução das espécies de Darwin que generalizou-se, causando
muitas vezes preconceitos, justificativas voltados a interesses
particulares, povos explorados e conflitos.
Larissa Figueira -
nº12
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