A série de comédia, que estreou em 24 de setembro de 2007, tornou-se famosa por todo o mundo devido à um detalhe que a diferencia de todos os outros seriados: a união da comédia com a Física. Na série, um grupo de amigos brilhantes físicos que não possuem noção alguma de como agir com mulheres, conhecem Penny, uma garota bonita, porém pouco inteligente, mas que ensinará muito sobre mulheres à esses jovens nerds.
Sheldon analisando seu trabalho. |
No episódio em questão, Sheldon Cooper, um dos personagens principais, passou a noite acordado, parado em frente ao seu trabalho, tentando enxergá-lo como "uma imagem periférica transitória para engatar o colículo superior de seu cérebro", segundo ele.
Numa próxima cena, que se passa em um refeitório, Sheldon lê um livro em busca da resposta para seu trabalho, em que ele tenta entender o por quê dos elétrons moverem-se pelo grafeno e agirem como se não tivessem massa. Enquanto ele lê seu livro, histericamente procurando pela resposta, seus amigos – Leonard, Raj e Howard – conversam sobre seu comportamento estranho. Em uma parte dessa cena, Sheldon resolve pegar feijões e ervilhas dos pratos de comidas de seus amigos para conseguir enxergar o problema, onde os feijões são átomos de carbono e as ervilhas são elétrons.
No próximo quadro, Leonard e sua namorada Penn, e Howard e sua namorada Bernadette, que tinham ido patinar, voltam para o apartamento onde Leonard vive com Sheldon. Ao abrir a porta, ele e Penny escorregam em um monte de bolinhas de gude que estavam espalhadas pelo chão. Sheldon se desespera, pois eles estragaram a tentativa dele de enxergar o problema em uma perspectiva maior do que feijões e ervilhas. Nessa cena, ele diz que já está quase três dias sem dormir e Bernadette o convence a ir se deitar.
Sheldon na piscina de bolinhas de um Shopping, atrás de uma resposta para o seu problema físico. |
Logo após, novamente enquanto Leonard e Penny dormem, Sheldon aparece no quarto para dizer que descobriu como achar a resposta para o problema. Ele diz que vai procurar um subalterno onde seus gânglios basais fiquem ocupados com tarefas rotineiras, libertando, assim, seu córtex pré-frontal para trabalhar em segundo plano em seu problema. Ou seja, ele vai atrás de uma distração, que no caso é sair a procura de um emprego.
Ele passa um tempo procurando algum trabalho, até que acaba indo trabalhar no mesmo restaurante em que Penny trabalha. Lá ele anota os pedidos e serve as mesas. Tudo parece ocorrer muito bem, até que ele deixa cair uma bandeja cheia de pratos. Ele então olha o padrão de interferência nos estilhaços e o movimento da onde pela estrutura da molécula. Percebe que estava, esse tempo todo, tendo uma visão errada. “Não posso considerar elétrons como partículas” diz ele, e finalmente acha a resposta para o problema: as partículas se movem pelo grafeno como uma onda.
Toda essa divagação sobre os átomos tem origem nas descobertas dos famosos físicos Rutherford e Bohr. Porém, em 1924, o jovem físico francês Louis De Brogile propõe a teoria que diz que um elétron pode se comportar como uma onda. De Brogile usa a teoria de Einstein que diz que a luz que era sempre concebida como uma onda, podia também se comportar como um jorro de partículas, os fótons. De Brogile, então, raciocina inversamente: se a luz como onda pode se comportar como partícula, então o elétron concebido como partícula, também pode se comportar como onda.
Ele deduziu uma fórmula simples para calcular o comprimento da onda do elétron, e futuramente, vários outros físicos como Erwin Schrödinger, Max Born, Werner Heisenberg e Paul Dirac desenvolvem a teoria e aprimoram os cálculos matemáticos. "Alguns componentes do átomo, por exemplo, ora se comportam como partículas, feito bolinha de gude, ora como ondas, iguais às que se produzem na superfície da água." exemplifica a redação do site Super Interessante.
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