quinta-feira, 26 de setembro de 2013

New Deal - Crise de 1929


A crise do liberalismo econômico abriu portas para a reformulação das práticas capitalistas e a relação das mesmas com o poder de intervenção que o Estado tem sobre a economia.


De maior devedora, a economia norte –americana se transformou na principal credora da economia mundia. Com o fim da Primeira Guerra Mundial(1914-1918) os Estados Unidos colocou-se em um novo panorama econômico. . Além disso, expandiu o seu parque industrial ao ponto de reter em suas mãos praticamente um terço de todos os produtos industrializados que percorriam o mundo.
Com o mundo buscando o “american way of life”, cidadãos das mais variadas classes sociais sonhavam em ascender socialmente investindo grande parte de suas economias no setor de ações. Esperando que a economia sustentasse patamares de crescimento constantes, vemos que a população norte-americana parecia realmente viver um sonho, a ilusão de que seu país não mais reconhecia limites. O momento de expansão e euforia acabou se refletindo no comportamento do mercado de ações daquele país.



O governo americano acreditavam plenamente no piamente nos princípios do liberalismo clássico, que pregava o ideal de que a economia seria um organismo auto regulamentado. Segundo sua lógica, quanto maior a liberdade dada às atividades econômicas, maior seriam as condições para que determinado país conseguisse ampliar suas fontes de riqueza. Dessa maneira, o liberalismo clássico desaprovava qualquer esforço governamental com o objetivo de regular os costumes e práticas econômicas de sua sociedade.
Com o passar do tempo, a capacidade de consumo dos norte-americanos passou a ser superada pela enorme quantidade de mercadorias produzidas pelas indústrias. No entanto, a despeito dessa tendência, as bolsas de valores insuflavam a especulação financeira sobre empresas que só ampliavam suas vendas e mercados. Já em 1928, o estouro dessa bolha financeira começou a se manifestar quando o preço das mercadorias acumuladas começou a despencar e as empresas se viram forçadas a reduzir seu quadro de funcionários, e investidores se desesperavam tentado realizar a venda de suas ações para outros possíveis investidores.
No dia 24 de outubro daquele ano, uma avalanche de ofertas e a ausência de compradores sentenciaram a quebra da Bolsa de Nova York. Do dia para a noite, investidores milionários perderam tudo o que tinham em ações sem o menor poder de compra. A situação caótica levou muitos deles a subir no alto dos prédios e dar fim às suas próprias vidas. Milhares de
trabalhadores perderam os seus empregos e nações que dependiam do investimento norte-americano viram a sua própria ruína. Na projeção de um incrível efeito dominó, diversas economias do mundo se viram gravemente prejudicadas.

Ao sentir os impactos desse processo de artificialização da economia, exigiu-se dos Estados Unidos a criação de um modelo alternativo de desenvolvimento econômico. Eleito presidente em 1932, Franklin Delano Roosevelt tinha como maior desafio reerguer a maior economia da época. Inspirados pelos princípios do economista John Maynard Keynes, um grupo de economistas do governo propôs o chamado New Deal.

Esse plano econômico abriu portas para que o Estado tivesse participação direta na economia nacional. Entre outras ações o New Deal estabelecia o controle na emissão de valores monetários, o investimento em setores básicos da indústria e a criação de políticas de emprego. Dessa maneira, o governo de Roosevelt buscou uma recuperação econômica segura e gradual.
O período de 1929 a 1933 deixou uma lição: os mercados vivem crises periódicas - e se não ocorrem respostas rápidas para os problemas, essas crises tendem a se alastrar, afetando vários setores da economia e podendo alcançar um poder de destruição em massa.
De maior devedora, a economia norte –americana se transformou na principal credora da economia mundia. Com o fim da Primeira Guerra Mundial(1914-1918) os Estados Unidos colocou-se em um novo panorama econômico. . Além disso, expandiu o seu parque industrial ao ponto de reter em suas mãos praticamente um terço de todos os produtos industrializados que percorriam o mundo.

Letícia Campos
 

Um comentário:

  1. Nao existe um consenso sobre as causas da crise de 1929. Alguns economistas dizem que foi a politica errada do FED sobre a manipulação de reservas, outros dizem que foi expansão monetária, ou até a falta de inovação. São muitas as especulações. Mas em relação à recuperação do país, é praticamente unanime a ideia de que o New Deal prolongou a crise. Passando por economistas socialistas, neoclassicos e pos keynesianos, a maioria da elite dos profissionais afirmam o fracasso do plano.
    Enfim, eu tenho uma duvida: aprendemos que o grande boom dos EUA se deram no periodo da primeira guerra. A industria europeia estava destruida e eles precisavam de produtos. Mas por que apenas os norte-americanos se beneficiaram? Eu quero dizer, o Brasil e muitos outros países já eram independentes e nao estavam envolvidos com a guerra, ainda assim nao é mencionado em momento algum uma explosão economica neles.

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