quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Cavalo de Guerra

O uso de cavalos na Primeira Guerra Mundial refletiu um período de transição na evolução do conflito armado. Unidades de cavalaria eram inicialmente consideradas elementos essenciais na ofensiva de uma força militar, mas no decorrer da guerra, a vulnerabilidade do cavalo frente às modernas metralhadoras e peças de artilharia fomentava o interesse no uso das forças mecanizadas. Isto, paralelo com o desenvolvimento dos tanques, acabou por substituir a cavalaria em táticas de choque. Embora a percepção do valor do uso do cavalo na guerra tenha mudado radicalmente, estes animais, no entanto, desempenharam um importante papel durante o conflito, todos os grandes combatentes na I Guerra Mundial (1914-1918) iniciaram o conflito com forças de cavalaria.
  O livro “Cavalo de Guerra”, Morpurgo acompanha a história de um personagem principal para retratar todos os horrores da matança europeia na Primeira Guerra Mundial, entre homens e de homens para os cavalos. Especula-se que ao todo, quatro milhões de equinos morreram no período (1914-1918), em época que a tecnologia era a cavalaria, encarregada do transporte de armas e soldados. Daí Spielberg tirou seu novo épico, a história inteira acompanha a relação das pessoas com o cavalo Joey (foram 14 animais que interpretaram o protagonista) com um pano de fundo familiar. Nos primeiros trinta minutos somos apresentados à família Narracott, cujo pai veterano de guerra bêbado compra Joey num leilão. Seu filho Albert, que logo se identifica com o animal e o ensina tudo o que sabe. Os dois então se encarregam de salvar a família da perda da fazenda arando uma terra infértil. Até a guerra chegar e levar Joey para ventos distantes, quando ele vive a ineficácia e o temor dos homens diante dos conflitos.
Primeiro o protagonista é arrendado para o exército britânico e acompanha a curta missão do Capitão Nichols contra os alemães. Daí vira fiel aliado a dois irmãos da infantaria do Kaiser em sua desistência da guerra e passa a viver com a doce francesinha numa fazenda. Todos compartilham a experiência da presença de um cavalo diferente, dócil e valente, despreparado para a guerra mas profícuo, aclamado como um “milagre”. A guerra volta a assolar a vida de Joey e ele entra de vez nas trincheiras, agora do lado alemão.
São sinceras as imagens do passeio de Joey por entre uma fusão de personagens, e também a marca do cavalo na vida dessas pessoas, mas a verdadeira narrativa se esvai com a aclamação moral do animal acima de tudo. Também é louvável toda a preparação de Spielberg diante da recriação dos cenários de guerra, das fotografias que se transformam com o decorrer das cenas e da trilha musical.
O desenrolar se encontra, na promessa inicial, quando Joey e Albert voltam a estar juntos após anos de guerra e o assovio incontestável da amizade. O moralismo também recorre na lição do jovem ao velho patriarca Narracott na intenção de embebedar todas as pessoas com o sentimento de recompensa pelo “dever cumprido”. 
Joey é um exemplo de como a guerra massacrava tanto as pessoas como os animais, joey passa por varios extremos na guerra, luta ao lado dos alemães e ingleses, passa por casas vitimas da guerra, mostra passo a passo todos os intemperes que a guerra levava.

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