O hidróxido de sódio, ou melhor conhecido como 'soda cáustica' é um elemento químico básico utilizado cotidianamente para desobstruir encanamentos e sumidouros pias principalmente e tem demais funções - inclusive é uma das matérias-primas na produção de sabão caseiro! Por ser solúvel em água o NaOH é uma dissolução que libera grande quantidade de calor, sendo um processo exotérmico; é corrosivo e altamente tóxico. É usado no ramo industrial na fabricação de tecidos, papel, alimentos, biodisel e detergentes. É gerado através de uma eletrólise de uma solução aquosa de cloreto de sódio - mais conhecido como salmoura.
Atualmente a soda cáustica vem sendo fabricada e gerada por meio de dois processos químicos: Processo Eletrolítico - como já citado e também pelo Processo de Solvay. O Processo de Solvay (ou processo da amônia-soda), foi uma das tentativas de baratear a produção de Na2CO3 produzida pelo Processo de
Leblanc (processo ultrapassado), através do uso da reação
total:
2NaCl + CaCO3 → Na2CO3
+ CaCl2
Logo, tal processo se torna muito mais complicado do que o sugerido pela
reação total, o que dificulta pois a reação
é reversível e apenas 75% do NaCl é convertido em produto. Um dos primeiros estágios do processo se dá pela purificação da salmoura
saturada, que então reage com a amônia gasosa. A salmoura
amoniacal é carbonatada em seguida com CO2, formando NaHCO3.
Este é insolúvel na salmoura por causa do efeito do íon comum,
podendo ser separado por filtração. Por aquecimento à 150ºC, o
bicarbonato NaHCO3 se decompõe em carbonato anidro Na2CO3
(chamado na indústria de “soda leve”, por que é um sólido com
baixa densidade, 0,5g/cm³). A seguir o CO2 é removido por
aquecimento da solução, sendo o gás reciclado para o processo
anterior, a amônia NH3, é removida por adição de álcali
(solução de cal em água), sendo reaproveitada também. A cal
(CaO) é obtida por aquecimento de calcário (CaCO3), que também
fornece o CO2 necessário. Quando a cal (CaO) é misturada
com a água forma-se Ca(OH)2.
NH3+ H2O + CO2 → NH4.HCO3
NaCl + NH4.HCO3 → NaHCO3 +
NH4Cl
2NaHCO3 → (150ºC)
Na2CO3 + CO2
H2O
CaCO3 → (1100ºC em forno
de cal) CaO + CO2
CaO + H2O → Ca(OH) 2
2 NH4 + Ca(OH)2 → 2 NH3 +
CaCl2 + 2H2O
Desse modo os materiais consumidos são NaCl e
CaCO3, havendo além do produto desejado,
Na2CO3, a formação do subproduto
CaCl2. Há poucos usos para o CaCl2, e só
uma parte é recuperada da solução, sendo o restante
desprezado. O principal uso do
Na2CO3 é a indústria de vidro, o
que requer a “soda pesada” Na2CO3.
H2O. Para a sua obtenção a “soda leve”, obtida pelo
processo de Solvay, é recristalizada com água quente.
O processo eletrolítico, a eletrolise da salmoura foi descrita
pela primeira vez por Cruickshank, mas só em 1834
Faraday desenvolveu as leis da eletrólise. Naquele tempo era
muito restrito o uso da eletrólise, porque as únicas fontes de
energia elétrica para realizá-las eram as baterias primárias.
Essa situação mudou em 1872, quando Gramme inventou o dínamo.
A primeira aparelhagem industrial a base de eletrólise
foi instalada em 1891 na cidade de Frankfurt
(Alemanha), na qual uma célula eletrolítica era
preenchida, eletrolizada, esvaziada, a seguir novamente
enchida... e assim por diante. Tratava-se portanto, de um
processo descontinuo. Obviamente, uma célula que poderia
trabalhar continuamente, sem a necessidade de ser esvaziada,
produziria mais a menos custos. Nos anos seguintes
surgiram muitas patentes e desenvolvimentos, visando à
exploração das possibilidades industriais da eletrólise.
A primeira instalação industrial na empregar uma célula
contínua de diafragma foi provavelmente aquela idealizada por
Le Seur em Romford, em 1893; surgiram as células de Castner em
1896. Em todas essas células (e também em muitas células
modernas) empregava-se amianto como um diafragma para separar
os compartimentos do ânodo e do cátodo. Com a adição
constante de salmoura, havia uma produção contínua de NaOH e
Cl2.
Na mesma época, Castner e Kellner (um americano que trabalhava
na Inglaterra e um austríaco que trabalhava em Viena,
sucessivamente) desenvolveram e patentearam versões
semelhantes da célula de cátodo de mercúrio, em 1897.
Os dois tipos de células, o de diafragma e o cátodo de
mercúrio, permanecem uso. Os primeiros equipamentos de
eletrólise produziam cerca de 2 toneladas de cloro por dia; as
instalações modernas produzem 1000 toneladas por dia.
Na Eletrólise se da salmoura, ocorrem reações tanto no
ânodo como no cátodo.
Ânodo: 2Cl- → Cl2 + 2e
Cátodo: Na + e → Na
2Na + 2H2O → 2NaOH + H2
Se os produtos se misturarem, ocorrem reações secundárias:
2NaOH + Cl2 → NaOCl + H2
ou
2OH + Cl2 →2OCl + H2
e no ânodo pode ocorrer, até certo ponto, outra reação:
4OH →2H2O + 4e
Agora veremos como são as células de
diafragma e a célula de cátodo de mercúrio.
Para manter
separados os gases H2 e Cl2
(produzidos nos eletrodos), usa-se um diafragma poroso de
amianto. Se os gases H2 e
Cl2 misturarem-se, reagirão e a reação será
explosiva. Na luz do dia (e ainda mais com a exposição direta
à luz solar) ocorre uma reação fotolítica, que produz átomos
de cloro. Estes provocam uma explosiva reação em cadeia.
O diafragma também
separa os compartimentos do ânodo e do cátodo.
Isso diminui a possibilidade de reação entre o NaOH, produzido
no compartimento do cátodo, com o Cl2,
produzido no compartimento do ânodo. Diminuí assim a
possibilidade de ocorrer uma reação secundária que leva a
formação de hipoclorito de sódio NaOCl. Contudo, alguma
quantidade de hidróxido de sódio ou de OH pode difundir para o
outro compartimento, e isso inibido mantendo-se o nível do
eletrólito mais alto no compartimento do ânodo que no
compartimento do cátodo, com o que passa a haver um pequeno
fluxo positivo do compartimento do ânodo ao do cátodo.
Traços de oxigênio são formados em outra reação secundária. O
oxigênio reage com os eletrodos do carbono,
destruindo-os gradualmente, com a formação de
CO2.
Há um
interesse crescente em substituir o amianto do diafragma por
finas membranas sintéticas de plástico. Essas membranas são
feitas de um polímero chamado nafion, montado em um
suporte de teflon. Membranas plásticas possuem uma
resistência menor que o amianto.
Menos que a metade
do NaCl é convertido em NaOH, obtendo-se usualmente uma
mistura de 11% de NaOH e 16% NaCl. Essa solução é
concentrada num evaporador quando cristaliza uma considerável
quantidade de NaOH, levando a solução final contendo 50% de
NaOH e 1% de NaCl. Isso pode ou não ser importante,
dependendo do uso a que se destina o NaOH. Para a
maioria das aplicações industriais, o produto é vendido como
solução, pois os custos da evaporação de todo o líquido com a
obtenção do sódio excedem os custos adicionais de transporte
da solução.Fonte/Bibliografia:
http://www.mundoeducacao.com/quimica/hidroxido-sodio.htm
http://www.quimicavolatil.com.br/2010/08/soda-caustica-hidroxido-de-sodio.html
http://www.deboni.he.com.br/tq/sal/fabrisoda.htm
Assovio À Jato,
Bruno Nunes. N°. 02
Daniel Silva. N°. 04
Lucas Carreira. N°. 16
Victória Fukuda. N°. 28
Nenhum comentário:
Postar um comentário