terça-feira, 18 de junho de 2013

DARWINISMO SOCIAL: CONTEXTO HISTÓRICO E HOJE


         No final do séc. XIX, Darwin desenvolveu a Teoria do Evolucionismo, considerada até hoje o paradigma central para explicação de diversos fenômenos na biologia.
         No entanto, Darwin, provavelmente não imaginava as conseqüências que sua teoria traria para além das ciências, influenciando no comportamento da sociedade até os dias atuais. Assim surgiria o Neocolonialismo e o Imperialismo como conseqüência, ou seja, sua teoria foi interpretada de uma maneira totalmente errada. Foi usada como pretexto, uma ideologia, para que os europeus pudessem colonizar territórios.
         O Darwinismo social quer explicar atualmente e pós revolução industrial, que os mais pobres teriam dificuldades de viver no mundo moderno, por não serem capazes de evoluir economicamente, profissionalmente e principalmente, socialmente. Já as pessoas com maior poder aquisitivo (burguês, rico) são capazes de gerar seu próprio capital e evoluir economicamente, podendo sobreviver em meio da sociedade.





         Hoje em dia, mesmo independente, a África ainda sofre sérias conseqüências com a sua dominação, porém, o pensamento de que o negro é inferior não permaneceu apenas na África, os americanos afrodescendentes tiveram de enfrentar uma série de leis segregacionistas até 1969.
         Martin Luther King foi um dos pioneiros, na defesa dos negros.
         O discurso de Martin Luther King, pronunciado na escadaria do monumento de Lincoln, em Washington, foi ouvido por mais de 250.000 cidadãos de todas as etnias, e de algumas outras cidades reunidas na capital dos E.U.A :

I Have a Dream (Speech)

‘’Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para a Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, esta situação pode e será mudada. Não se deixem cair no vale do desespero. Eu digo a vocês hoje, meus amigos. Que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã, eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano. Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença, nós celebramos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais. Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes dos donos de escravos poderão se sentar juntos à mesa da fraternidade.’’
             
           O discurso de Martin, se encaixa perfeitamente ao tema do Darwinismo social, revela o sonho da raça negra, de se integrar a sociedade com os mesmos direitos dos brancos.



         O conceito da raça ariana teve seu auge no séc. XIX até a primeira metade do séc. XX, uma noção inspirada pela descoberta da família de línguas indo-europeias
         Alguns etnólogos do séc. XIX propuseram que todos os povos europeus de etnia branca-caucasiana eram descendentes do antigo povo ariano. Correntes européias, de caráter nacionalista da época, abraçaram essa tese. Esta foi, talvez, tratada com maior ênfase pelo Partido Nacional Socialista da Alemanha.
         Esse pensamento ligado ao etnocentrismo foi responsável pela morte de milhões de judeus, ciganos, deficientes, negros, soviéticos etc. considerados ‘impuros’.
         Atualmente sabe-se que raça não existe em termos biológicos, apenas sociais. Isto é, o pensamento de superioridade dos brancos ainda é comumente visto em diversas situações, estando presente até mesmo no esporte, na televisão, etc...
         Algumas pessoas não são de fato preconceituosas, mas, pela influencia da sociedade, acabam aderindo ao pensamento de superioridade/inferioridade de raças.



- JOÃO GABRIEL SOARES GOMES        N°10




       

          




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