sexta-feira, 12 de abril de 2013

Longo século XIX e suas eras - Parte II (por Gabriel Vendramelli)

            Continuação dos tópicos "Teorias que justificavam/criticavam a ordem mundial capitalista":



 
          Adam Smith era a favor de um capitalismo liberal, ou seja, um capitalismo onde o Estado só interfere na economia para garantir que o trabalho do empregado seja feito. Era a favor também do livre comércio (lei natural da oferta e da procura). Prezava um individualismo econômico, ou seja, cada trabalhador por si.
"O consumo é a única finalidade e o único propósito de toda produção."
-Adam Smith


David Ricardo, por sua vez, dizia que o trabalhador deveria apenas ganhar o suficiente para sua subsistência ou seja, apenas para sua alimentação e roupas. Criou também a Lei Férrea dos Salários que diz que o valor do salários deveria ser proporcional ao valor dos produtos, reafirmando sua opinião de subsistência. Dizia que o salário do trabalhador deveria variar com o quanto era gasto de matéria prima, energia, e todas as despesas gastas com a produção, ao contrário de Marx que tinha uma ideia mais socialista, que o salário deveria ser aquilo que o trabalhador produziu.
"O capital é a parte de riqueza de um país empregada na produção, e consiste em alimento, vestuário, instrumentos profissionais, matérias-primas, maquinaria, etc, necessários para a execução da tarefa."
         -David Ricardo  

   Karl Marx ao criticar o sistema capitalista, desenvolveu o conceito da Mais Valia. Esse termo é dado para o ato de pagar menos ao trabalhador do que o custo do produto ou mercadoria que o mesmo produziu, dando lucros infinitamente maiores para o proprietário da indústria. Resumindo: a mais-valia é o tempo de trabalho roubado.

    Marx propõe a supressão da derrubada dos meios privados de produção, e consequentemente, a derrubada do capitalismo. Em sua visão, a propriedade privada é o "coração" do capitalismo. Pois é aí onde a acumulação de capital e a exploração da mão de obra acontecem. Devido a existência da propriedade privada, o monopólio de capital é concentrado nas mãos dos donos das indústrias, gerando uma desigualdade social. Marx acredita que se toda a riqueza que esta concentrada nas mãos de poucos fosse igualmente distribuída, todos seriam ricos.
"A propriedade privada tornou-nos tão estúpidos e limitados que um objeto só é nosso quando o possuímos" 
-Karl Marx 


             Dentre todas esses conceitos e doutrinas, é possível caracterizar o capitalismo como uma "riqueza para os poucos", onde não importa a quantidade de esforço e trabalho, muito dificilmente o trabalhador passará a ser dono de propriedade privada.

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