A Anti-Matéria de Dirac

                                                                Laise Ribeiro e Paul Davies

                                             Shvoong, 2010 e Revista Super Interessante, 1988

(Todas as partículas fundamentais e suas
contrapartes de antimatéria. Mesma massa,
carga oposta. Ao colidirem, ambas entram
em aniquilação.)

   O artigo escrito por Laise Ribeiro relata que, como o próprio nome sugere, Anti-Matéria é o inverso do que é a matéria. Composta de partículas com as mesmas características, massa e rotação, de suas respectivas matérias, mas com carga elétrica oposta. Veja o exemplo do pósitron, ou o Anti-Elétron, que possui uma carga positiva; ou do Anti-Próton, o próton com carga negativa.

   Este conceito de Anti-Matéria foi formulado primeiramente por Paul Dirac, físico inglês e um dos pais da Mecânica Quântica. Em 1928, revisando a mais famosa formula de Einstein, considerou que massa poderia ser negativa chegando a formula de E=+ou-mc². Estudando mais a fundo, a comunidade cientifica que constatou que, é uma fonte com 100% de aproveitamento, deixando o desafio de produzir em larga escala. Sobre propriedades energéticas afirmam que a matéria e anti-matéria não conseguem existir, gerando uma explosão, transformando massa em energia. Esta explosão é tão energética que é 10x mais enérgica que os raios solares e raios X, e é capaz de abastecer a cidade de SP por 1 dia inteiro.

   A ciência acredita que, a anti-matéria foi formada junto com a matéria no Big Bang, em quantidades iguais. Mas se destruíram. Por alguma razão sobrou mais matéria. 
   De acordo com o artigo escrito por Paul Daves e publicado na Revista Super Interessante (1988),  acrescenta que infelizmente, os experimentos de Dirac eram totalmente teóricos, e alguns anos depois o físico norte americano Carl Anderson, fazendo experiências com radiação cósmica conseguiu demonstrar Anti-Elétrons (ganhando o Nobel de 36). De maneira resumida, existem Anti-Prótons, Anti-Nêutrons e Anti-elétrons e são eles que formam a Anti-Matéria. Hoje em dia é possível ser produzir Anti-Partículas em laboratório sob medida.

(Átomo e Anti-Átomo de Hidrogênio)

   Paul Daves ainda afirma que nos aceleradores de partículas, os cientistas colidem matéria em altíssima velocidade. O resultado desta operação é a conversão de energia, emergindo dali partículas elementares, e com elas as Anti-Partículas. Entretanto esta tendência em fazer colidir partículas, atualmente encontra fortíssimas críticas, pois os resultados já são previsíveis, isto devido a altíssima liberação de energia que ocorre neste processo. Ocorre que a Anti-Matéria quando interagem com a matéria aniquilam-se, transformam-se em energia normalmente em forma de fótons de alta energia ou seja em raios gama. Cientistas explicam que deve ser essa a razão porque "é impossível ver no Universo a existência da matéria e Anti-Matéria ao mesmo tempo". No entanto, Paul ainda afirma que as perspectivas são muito estimulantes: hoje tem-se a certeza de que estas Anti-Partículas podem se juntar para formar Anti-Átomos. E é até possível que existam no Universo Anti-Estrelas, Anti-Planetas - e Anti-Homens, como explicou o próprio Dirac, no discurso ao receber o prêmio Nobel, em 1933. Para ele, é mera casualidade o fato de que até a Terra tenha sido formada de matéria e não Anti-Matéria, "e é absolutamente possível que ocorra exatamente o contrário com outros corpos celestes".

[Fonte: Revista Toque da Ciência]

   Para finalizarem seu artigo, os autores mencionam que, para fazer uma afirmação tão atrevida Dirac se baseou na profunda simetria da natureza. Se da energia pode-se produzir matéria, cria-se a grande esperança de que, enfim, será possível esclarecer a origem do Universo. Uma conclusão se impõe: se é certo que, quando se cria matéria a partir da energia, sempre se cria uma quantidade igual de Anti-Matéria, então o universo deve ser composto de ambas em quantidades iguais. Foi o que levou Dirac a fazer sua especulação sobre a existência de Anti-Estrelas. A simetria entre matéria e Anti-Matéria sugere que uma Anti-Estrela ou uma Anti-Galáxia teriam exatamente o mesmo aspecto que uma estrela ou uma galáxia comum. Ou seja, é perfeitamente possível que a nebulosa de Andrômeda, por exemplo, seja constituída de matéria ou Anti-Matéria. Enfim, é muito pouco, quase nada, o que sabemos sobre a Anti-Matéria - embora já possamos fabricá-la. Seguramente será mais prático produzir a Anti-Matéria no espaço, pois ali existe o vazio necessário, e a gravidade não provoca problemas. A Anti-Matéria é útil quando se precisa armazenar grandes quantidades de energia, com peso e volume ínfimos. Poderia ser utilizada para impulsionar veículos interplanetários, por exemplo. E poderia, sem dúvida, ser utilizada para a guerra.



Fontes: Shvoong , acessado em 06 de Abril de 2013.
Revista Super Interessante , acessado em 06 de Abril de 2013.