Refração da luz: Como as miragens funcionam?
O artigo a seguir
foi organizado por Maria Ramos
colunista do site http://www.invivo.fiocruz.br, da Fundação Oswaldo Cruz que visa ser
uma instituição pública e estratégica de saúde, reconhecida não somente pela
sociedade brasileira como também a de outros países por sua capacidade de
colocar a ciência, a tecnologia, a
inovação, a educação e a produção tecnológica de serviços e insumos
estratégicos para a promoção da saúde da população, a redução das desigualdades
e iniquidades sociais, a consolidação e o fortalecimento do SUS, a elaboração e
o aperfeiçoamento de políticas públicas de saúde.
Maria aborda um
tema não muito comentado, pelo menos não agora com os avanços da ciência e
tecnologia, mas que há tempos atrás não era encarado com tanta ‘simplicidade’:
as miragens. Ela, por sua vez, encara com muita naturalidade o assunto. No seu
artigo podemos notar o grande número de ilustrações usadas tais como a do “Oásis”,
ou melhor, como ela mesma faz questão de citar a de que “seria um oásis, se não fosse apenas uma miragem.” Notamos que a desenvolvedora
do tema aponta um tópico curioso e interessante para chamar atenção do leitor,
assim como fez comigo.
A proeminência
do assunto aqui abordado nos remete ao 2º ano do ensino médio, onde aprendemos
como matéria, a respeito da Refração da
luz, um tanto quanto essencial para entender o assunto consultado e
preparado pela colunista; fazendo assim por sua parte um entendimento
sintetizado da questão tratada.
Não pude notar se
a autora do tal artigo tem como base conhecimentos científicos a respeito do
assunto, porém pude observar que usou como base de consultoria o físico e
gerente do Parque da Ciência/Museu da Vida Paulo
Henrique Colonese; e também fontes de informações como por exemplo um
renomado físico norte-americano – o
ex-boxeador Paul G. Hewitt, prospector
de urânio e ainda sim, cartunista. Em 1987, Hewitt
começou a escrever uma versão de ensino médio da física
conceitual (Conceptual
Physics), que foi publicado pela Addison-Wesley. Hewitt deu aulas em seu retorno à faculdade da cidade de
San Francisco, que foram gravadas e distribuídas em um conjunto de 12 palestras.
Por ser um tema que ao ler e se aprofundar
se torna cada vez mais interessante, Maria usa como fonte de pesquisa, além do
seu conhecimento (aparentemente parco), sites de importância científica e muito
utilizados por profissionais do ramo, como também curiosos interessados no
contexto.
A autora escreve: “Bom, mas para entender porque o desvio da
luz forma as miragens, é preciso que você entenda, antes de tudo, como é a
nossa visão. Nós só podemos ver porque os objetos refletem ou emitem luz. É
justamente essa luz, que chega aos nossos olhos, que é enviada por meio de
sinais elétricos ao cérebro. Interpretando os sinais, o cérebro dá forma aos
objetos e assim nós enxergamos as coisas.
O problema (se é que podemos
considerar isso um problema) é que o nosso cérebro entende que os raios de luz
se propagam sempre em linha reta. Isso até seria verdade, se os raios nunca
sofressem nenhum desvio pelo caminho. O desvio da luz pode ocorrer quando os
raios atravessam meios com diferentes densidades, como da água para o ar, ou
ainda de um ar mais frio para um ar mais quente, ou passam através de lentes.
Você pode observar facilmente o
fenômeno da refração colocando um lápis dentro de um copo com água. Deixando-o
parcialmente mergulhado, você vai notar que o lápis parece que está quebrado, o
que obviamente não é verdade. Um outro caso de refração é de um pescador que
avista um peixe no mar e o vê mais próximo da superfície do que ele está.
Nesses dois exemplos, nós vemos os objetos em posição diferente da que eles
realmente se encontram. Isso ocorre porque não vemos a luz dobrar-se; vemos
apenas os efeitos dessa dobra.
Mas agora voltemos às miragens!
Você já reparou que na praia, em dias muito ensolarados, você vê as coisas que
estão a uma certa distância meio “trêmulas”? O fenômeno físico que leva essas
imagens parecerem trêmulas é o mesmo que leva à formação das miragens no
deserto ou nas estradas.
Devido ao calor intenso, forma-se
uma camada de ar quente junto ao solo. E esse ar é menos denso do que o ar da
camada situada imediatamente acima, mais frio. Como os raios de luz se propagam
mais rápido no ar quente, eles encurvam-se para cima. Mas, como o nosso cérebro
interpreta que a luz percorreu um caminho retilíneo, o que nós vemos é a imagem
do objeto, que pode ser uma palmeira, por exemplo, invertida, como se estivesse
refletida em poças de água sobre a estrada, ou um lago no deserto. A água é
ilusória, mas a palmeira e sua imagem são reais. Esse tipo de miragem é chamado
de miragem inferior.”
No artigo
conclui-se então, com bases físicas, ou seja, com estudos e pesquisas
relacionados à Refração da luz, que
as miragens não são nada mais e nada menos do que um fenômeno chamado por
estudiosos da física de refração – que nada mais é do que o desvio dos raios de
luz. No decorrer do enredo do assunto, a autora nos chama atenção à outra parte
da física para entendermos o tema. Diretamente relacionado ao tópico, tratamos
agora da nossa visão e em como o nosso cérebro reage aos raios de luz;
exemplificado no artigo a autora cita que o nosso cérebro entende que os raios
de luz sempre se deslocarão em linha reta, o que está errado devidos os raios
atravessarem a diversos meios, como da água para o ar frio ou quente, ou até
mesmo lentes, o que em minha opinião, foi muito incisivo para o bom
entendimento do que está sendo abordado pela autora. Foi bem feliz em detalhar
os pontos importantes das matérias utilizadas para se entender mais sobre o
assunto.
No decorrer da obra, gostei de ter
registrado a objetividade de como foi encarado o assunto. Não só objetivo como
também muito claro em suas explicações e ilustrações em geral. Tratando-se num
contexto externo, onde visa atingir de um modo mais geral e bem mais detalhado
matematicamente, acredito que a autora não tenha atingido esse alvo, como
acredito também que essa não era a finalidade do texto. Nota-se que no artigo
que Maria discute com seus interlocutores, seu objetivo maior parece ser chamar
atenção a este assunto pouco comentado e tão ímpar, o que o torna complexo de
certa forma; o que dá a entender que se torna um contexto um tanto quanto
interno, de entendimento e julgamento exclusivo do leitor. O artigo também, por
ser bem objetivo não abrange outros assuntos a não ser a da Refração da luz, e
a sua influência ao vermos miragens.
Nesse texto, observamos o quanto a física nem
sempre é exata e sim meticulosa. Ao salientar diversos pontos que podemos
analisar com cuidado na física a autora apela a grandeza encontrada em coisas
aparentemente “pequenas” para serem discutidas, o que me chamou mais a atenção!
Não se apoiando exclusivamente em
bases sistematizadas nem lógicas, a autora escreve com tamanho equilíbrio entre
as partes, tornando seu texto fácil de entender, tanto os leigos da física como
estudiosos do assunto; creio que assim atinge seu interlocutor alvo – curiosos.
Consequentemente
podemos nos perguntar no que nos acrescenta questão intitulada. Acredito que
conhecimento nunca é demais. Se a maioria das pessoas se interessassem por
assuntos assim, com certeza o conceito de conhecimento cultural em nosso país
seria muito superior ao de muitos outros grandes países desenvolvidos.
Bibliografia:
Daniel Silva, Assovio A Jato.
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