sábado, 23 de março de 2013

RESENHA



Refração da luz: Como as miragens funcionam?



                             O artigo a seguir foi organizado por Maria Ramos colunista do site http://www.invivo.fiocruz.br, da Fundação Oswaldo Cruz que visa ser uma instituição pública e estratégica de saúde, reconhecida não somente pela sociedade brasileira como também a de outros países por sua capacidade de colocar a ciência, a tecnologia, a inovação, a educação e a produção tecnológica de serviços e insumos estratégicos para a promoção da saúde da população, a redução das desigualdades e iniquidades sociais, a consolidação e o fortalecimento do SUS, a elaboração e o aperfeiçoamento de políticas públicas de saúde.
                               Maria aborda um tema não muito comentado, pelo menos não agora com os avanços da ciência e tecnologia, mas que há tempos atrás não era encarado com tanta ‘simplicidade’: as miragens. Ela, por sua vez, encara com muita naturalidade o assunto. No seu artigo podemos notar o grande número de ilustrações usadas tais como a do “Oásis”, ou melhor, como ela mesma faz questão de citar a de que “seria um oásis, se não fosse apenas uma miragem.” Notamos que a desenvolvedora do tema aponta um tópico curioso e interessante para chamar atenção do leitor, assim como fez comigo.
                               A proeminência do assunto aqui abordado nos remete ao 2º ano do ensino médio, onde aprendemos como matéria, a respeito da Refração da luz, um tanto quanto essencial para entender o assunto consultado e preparado pela colunista; fazendo assim por sua parte um entendimento sintetizado da questão tratada.
                              Não pude notar se a autora do tal artigo tem como base conhecimentos científicos a respeito do assunto, porém pude observar que usou como base de consultoria o físico e gerente do Parque da Ciência/Museu da Vida Paulo Henrique Colonese; e também fontes de informações como por exemplo um renomado físico norte-americano – o  ex-boxeador Paul G. Hewitt, prospector de urânio e ainda sim, cartunista. Em 1987, Hewitt começou a escrever uma versão de ensino médio da física conceitual (Conceptual Physics), que foi publicado pela Addison-Wesley. Hewitt deu aulas em seu retorno à faculdade da cidade de San Francisco, que foram gravadas e distribuídas em um conjunto de 12 palestras.
                              Por ser um tema que ao ler e se aprofundar se torna cada vez mais interessante, Maria usa como fonte de pesquisa, além do seu conhecimento (aparentemente parco), sites de importância científica e muito utilizados por profissionais do ramo, como também curiosos interessados no contexto.

                             A autora escreve: “Bom, mas para entender porque o desvio da luz forma as miragens, é preciso que você entenda, antes de tudo, como é a nossa visão. Nós só podemos ver porque os objetos refletem ou emitem luz. É justamente essa luz, que chega aos nossos olhos, que é enviada por meio de sinais elétricos ao cérebro. Interpretando os sinais, o cérebro dá forma aos objetos e assim nós enxergamos as coisas.
O problema (se é que podemos considerar isso um problema) é que o nosso cérebro entende que os raios de luz se propagam sempre em linha reta. Isso até seria verdade, se os raios nunca sofressem nenhum desvio pelo caminho. O desvio da luz pode ocorrer quando os raios atravessam meios com diferentes densidades, como da água para o ar, ou ainda de um ar mais frio para um ar mais quente, ou passam através de lentes.
Você pode observar facilmente o fenômeno da refração colocando um lápis dentro de um copo com água. Deixando-o parcialmente mergulhado, você vai notar que o lápis parece que está quebrado, o que obviamente não é verdade. Um outro caso de refração é de um pescador que avista um peixe no mar e o vê mais próximo da superfície do que ele está. Nesses dois exemplos, nós vemos os objetos em posição diferente da que eles realmente se encontram. Isso ocorre porque não vemos a luz dobrar-se; vemos apenas os efeitos dessa dobra.
Mas agora voltemos às miragens! Você já reparou que na praia, em dias muito ensolarados, você vê as coisas que estão a uma certa distância meio “trêmulas”? O fenômeno físico que leva essas imagens parecerem trêmulas é o mesmo que leva à formação das miragens no deserto ou nas estradas. 
Devido ao calor intenso, forma-se uma camada de ar quente junto ao solo. E esse ar é menos denso do que o ar da camada situada imediatamente acima, mais frio. Como os raios de luz se propagam mais rápido no ar quente, eles encurvam-se para cima. Mas, como o nosso cérebro interpreta que a luz percorreu um caminho retilíneo, o que nós vemos é a imagem do objeto, que pode ser uma palmeira, por exemplo, invertida, como se estivesse refletida em poças de água sobre a estrada, ou um lago no deserto. A água é ilusória, mas a palmeira e sua imagem são reais. Esse tipo de miragem é chamado de miragem inferior.”

                        No artigo conclui-se então, com bases físicas, ou seja, com estudos e pesquisas relacionados à Refração da luz, que as miragens não são nada mais e nada menos do que um fenômeno chamado por estudiosos da física de refração – que nada mais é do que o desvio dos raios de luz. No decorrer do enredo do assunto, a autora nos chama atenção à outra parte da física para entendermos o tema. Diretamente relacionado ao tópico, tratamos agora da nossa visão e em como o nosso cérebro reage aos raios de luz; exemplificado no artigo a autora cita que o nosso cérebro entende que os raios de luz sempre se deslocarão em linha reta, o que está errado devidos os raios atravessarem a diversos meios, como da água para o ar frio ou quente, ou até mesmo lentes, o que em minha opinião, foi muito incisivo para o bom entendimento do que está sendo abordado pela autora. Foi bem feliz em detalhar os pontos importantes das matérias utilizadas para se entender mais sobre o assunto.
                             No decorrer da obra, gostei de ter registrado a objetividade de como foi encarado o assunto. Não só objetivo como também muito claro em suas explicações e ilustrações em geral. Tratando-se num contexto externo, onde visa atingir de um modo mais geral e bem mais detalhado matematicamente, acredito que a autora não tenha atingido esse alvo, como acredito também que essa não era a finalidade do texto. Nota-se que no artigo que Maria discute com seus interlocutores, seu objetivo maior parece ser chamar atenção a este assunto pouco comentado e tão ímpar, o que o torna complexo de certa forma; o que dá a entender que se torna um contexto um tanto quanto interno, de entendimento e julgamento exclusivo do leitor. O artigo também, por ser bem objetivo não abrange outros assuntos a não ser a da Refração da luz, e a sua influência ao vermos miragens.
                        Nesse texto, observamos o quanto a física nem sempre é exata e sim meticulosa. Ao salientar diversos pontos que podemos analisar com cuidado na física a autora apela a grandeza encontrada em coisas aparentemente “pequenas” para serem discutidas, o que me chamou mais a atenção!
                               Não se apoiando exclusivamente em bases sistematizadas nem lógicas, a autora escreve com tamanho equilíbrio entre as partes, tornando seu texto fácil de entender, tanto os leigos da física como estudiosos do assunto; creio que assim atinge seu interlocutor alvo – curiosos.
                      Consequentemente podemos nos perguntar no que nos acrescenta questão intitulada. Acredito que conhecimento nunca é demais. Se a maioria das pessoas se interessassem por assuntos assim, com certeza o conceito de conhecimento cultural em nosso país seria muito superior ao de muitos outros grandes países desenvolvidos.

Bibliografia:


Daniel Silva, Assovio A Jato.

            

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