segunda-feira, 23 de setembro de 2013

"The American Way of Life", Crise de 29 e New Deal

 Após a Primeira Guerra Mundial (1918), os EUA era o país mais rico do planeta. Além das fábricas de automóveis, os EUA também era um dos maiores produtores de aço, comida enlatada, máquinas, petróleo, carvão, entre outros produtos industrializados.
 Nos 10 anos seguintes, a economia norte-americana continuava crescendo causando euforia entre os empresários. Foi nessa época que surgiu a famosa expressão American Way of Life (Modo de Vida Americano). O mundo invejava o estilo de vida dos americanos.

  Os Estados Unidos começaram a experimentar um período de grande prosperidade e desenvolvimento, também conhecido como os loucos anos 20, ou os anos felizes, suportado pela grande expansão do capitalismo, pelo enorme aumento da produção industrial , pelo alargamento dos mercados aliados aos elementos de crédito necessários e a publicidade, pelo consumo e produção de massa, grande poder de compra, entre outros.
 Com toda esta expansão econômica foi possível promover a investigação de modo a criar novas invenções que pudessem melhorar a qualidade de vida dos americanos. Assim, com o recurso ao crédito sustentado pela expansão do capitalismo, os americanos compravam tudo o que considerassem que lhes era essencial para manter um nível de vida mais elevado. Dizia-se também na altura que "consumir era um ato de patriotismo pois ajudava os EUA a crescer ainda mais".
 Surgiram assim inúmeras inovações a vários níveis como por exemplo: o automóvel, dando um maior destaque ao modelo Ford T ; vários electrodomésticos como o fogão e o aspirador ; o cinema, e a importância de Hollywood, destacando figuras comoCharlie Chaplin Rodolfo Valentino ; a música, essencialmente o jazz; a moda e grandes estilistas.
 Entretanto os americanos iludidos com essa prosperidade aparente, compraram várias ações em diversas empresas, até que no dia 24 de outubro de 1929, começou a pior crise econômica da história do capitalismo.
 Vários fatores causaram essa crise:
Superprodução agrícola: formou-se um excedente de produção agrícola nos EUA, principalmente de trigo, que não encontrava comprador, interna ou externamente.
Diminuição do consumo: a indústria americana cresceu muito; porém, o poder aquisitivo da população não acompanhava esse crescimento. Aumentava o número de indústrias e diminuía o de compradores. Em pouco tempo, várias delas faliram.
Livre Mercado: cada empresário fazia o que queria e o Estado não interferia na economia.

*Quebra da Bolsa de Nova York: de 1920 a 1929, os americanos compraram ações de diversas empresas. De repente o valor das ações começaram a cair. Os investidores quiseram vender as ações, mas ninguém queria comprar. Esse quadro desastroso culminou na famosa “Quinta-Feira Negra” (24/10/1929) – dia que a Bolsa sofreu a maior baixa da história).
 Muitos empresários não sobreviveram à crise e foram à falência, assim como vários bancos que emprestaram dinheiro não receberam de volta o empréstimo e faliram também.

 A quebra da bolsa trouxe medo, desemprego e falência. Milionários descobriram, de uma hora para outra, que não tinham mais nada e por causa disso alguns se suicidaram. O número de mendigos aumentou.
 A quebra da bolsa afetou o mundo inteiro, pois a economia norte-americana era a alavanca do capitalismo mundial. Para termos uma ideia, logo após a quebra da bolsa de Nova York, as bolsas de Londres, Berlin e Tóquio também quebraram.
 A crise fez com que os EUA importassem menos de outros países, como consequência os outros países que exportavam para os EUA, agora estavam com as mercadorias encalhadas e, automaticamente, entravam na crise.
 Em 1930, a crise se agravou. Em 1933, Roosevelt foi eleito presidente dos EUA e elaborou um plano chamado New Deal. O Estado passou a vigiar o mercado, disciplinando os empresários, corrigindo os investimentos arriscados e fiscalizando as especulações nas bolsas de valores.


  Outra medida foi a criação de um programa de obras públicas. O governo americano criou empresas estatais e construiu estradas, praças, canais de irrigação, escolas, aeroportos, portos e habitações populares. Com isso, as fábricas voltaram a produzir e vender suas mercadorias.  O desemprego também diminuiu. Além disso, o New Deal criou leis sociais que protegiam os trabalhadores e os desempregados.
 O New Deal alcançou bons resultados para a economia norte-americana.
Essa terrível crise que atravessou a década ficou conhecida como Grande Depressão.
 Os efeitos econômicos da depressão de 30 só foram superados com o inicio da Segunda Guerra Mundial, quando o Estado tomou conta de fato sobre a economia ajudando a ampliar as exportações. A guerra foi então, uma saída natural para a crise do sistema capitalista.



Larissa Figueira - nº12 

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