quarta-feira, 10 de abril de 2013

Crise de Superprodução em 1929

O contexto histórico é a crescente Era do Capital, com os princípios advindos do liberalismo econômico.
A sociedade liberal repousa sobre a igualdade de todos perante a lei. Porém, no campo social, as desigualdades tendem a aumentar.

O fim da Primeira Guerra Mundial consolidou os Estados Unidos como maior potência econômica do mundo, transitando de maior devedor, para maior credor econômico mundial.

Abastecia seu mercado interno, o mercado europeu e o mercado latino-americano, desenvolvendo nessa época o ‘’american way of life‘’ (estilo de vida americana, caracterizado pelo alto consumo), sendo este o objetivo de vida de muitos imigrantes na época.

Mas a partir de 1925, a Europa, até então devastada pela guerra, inicia o processo de reconstrução, reativando suas indústrias, até o ponto que não precisariam mais das mercadorias norte-americanas como antes.

Tal recuperação promoveu excesso de produção, o que levou a uma crise de superprodução dentro da economia americana, tendo em vista seu ritmo acelerado, onde produziam-se mercadorias em larga escala visando o lucro e a acumulação de capital, sem se preocupar com as vendas e por consequência com o seu mercado consumidor.

Em 1928, o estouro dessa bolha financeira começou a se manifestar quando o preço das mercadorias acumuladas nos estoques começou a despencar e as empresas viram-se forçadas a reduzir seu quadro de funcionários, gerando alto índice de desemprego.

No ano seguinte, a crise naturalmente chegou ao mercado de ações. No dia 24 de outubro de 1929, conhecido por Quinta-feira Negra, uma avalanche de ofertas e a ausência de compradores sentenciaram a quebra da Bolsa de Nova York.



Do dia para a noite, investidores milionários perderam tudo o que tinham em ações sem o menor poder de compra. A situação caótica levou muitos deles a subir no alto dos prédios e dar fim às suas próprias vidas.
Milhares de trabalhadores perderam os seus empregos e nações que dependiam do investimento norte-americano viram a sua própria ruína. Abalados pela crise, os Estados Unidos reduziram a compra de produtos estrangeiros, na projeção de um incrível efeito dominó, onde diversas economias do mundo se viram gravemente prejudicadas.

Visando uma solução para o problema, o eleitorado norte-americano promoveu a vitória do democrata Franklin Roosevelt para a presidência. Sob a sua tutela, a economia norte-americana revisou os princípios liberais e empreendeu a intervenção do Estado na economia com a criação do New Deal, que tinha como principais medidas:

·         Trabalho aos desempregados em grandes obras públicas.
·         Empréstimos aos agricultores.
·         Seguro-desemprego.
·         Controle de preços de produtos industriais e agrícolas.
·         Recuperação industrial.

Sem dúvida, o New Deal foi um plano de ação bem-sucedido, pois foi suficiente para recuperar a economia americana.

Mariana, nº19

Referências:




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