sexta-feira, 1 de março de 2013

O outro lado da tragédia


O incêndio na boate Kiss (Santa Maria) foi um dos assuntos mais comentados no início de 2013, ganhando espaço na mídia nacional e internacional. Mais de duzentos jovens morreram na noite da tragédia durante o show pirotécnico. Porém, há um fato interessante que muitos desconhecem: a maioria das mortes não foram provocadas pelas chamas e possíveis queimaduras do fogo, mas sim por asfixia.
A banda utilizou de um artefato apropriado para lugares abertos, um tipo de sinalizador. O fogo atingiu o revestimento acústico do teto, que não era apropriado e a espuma ajudou a rápida propagação das chamas. Com isso, foi lançada ao ar a fumaça com um componente altamente tóxico: o cianeto, ou gás cianídrico (mesma substância mortal utilizada nas antigas câmaras de gás nazistas). No corpo, a fumaça inalada segue o mesmo caminho do ar e chega aos alvéolos que realizam as trocas gasosas no sangue. As vias respiratórias acabam danificadas e enzimas tentam combater o gás tóxico, atacando células do pulmão já contaminadas. Acontece que a superprodução dessas enzimas rompe a parede dos alvéolos, que acabam inundados de sangue. Conclusão: a fumaça impede a oxigenação dos pulmões, o ar deixa de seguir seu ciclo natural, o O2 é substituído pelo cianeto e a pessoa pode sofrer parada cardiorrespiratória, falecendo em segundos ou minutos. 


 
 
 

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